Autor: Elvira Fantin
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Pandemia rompe barreiras e provoca avanço tecnológico
Crise sanitária do novo coronavírus acelerou o desenvolvimento em algumas áreas, mas para se recuperar do impacto negativo, a indústria ainda precisa das reformas
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Por Elvira Fantin
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- Três motivos para o crescimento do setor industrial brasileiro.
- A importância das reformas para esse crescimento.
- A atuação da Fiep no Movimento Brasil Competitivo (MBC).
A aceleração dos processos tecnológicos, com a rápida adoção de técnicas emergentes, como robótica, inteligência artificial, biotecnologia, agricultura de precisão e a nova corrida espacial, está sendo apontada por alguns estudiosos como o lado positivo da pandemia. “Estamos vendo uma transição muito rápida da tecnologia de quinto ciclo, das telecomunicações e informática, que já está se esgotando, para a de sexto ciclo, das tecnologias emergentes. Essas mudanças, atreladas a outros fatores, vão favorecer a reindustrialização do Brasil, condição que vinha sendo perdida nos últimos 40 anos”, afirma Paulo Vicente, professor da Fundação Dom Cabral.
Ele acredita que o setor industrial brasileiro vai se modificar positivamente na presente década por três motivos:
1- a China vai perder parte da sua indústria, que vai se deslocar para outros destinos e um deles é o Brasil;
2- uma nova onda tecnológica está sendo incorporada para melhorar a indústria, com a indústria 4.0, a transformação digital, a energia solar mais barata, entre outras;
3- o agronegócio vai migrar para a agroindústria.
Para um crescimento sustentável
“As reformas são essenciais e não estão garantidas. Para esse ano pode haver aumento da inflação e alta dos juros, comprometendo o crescimento”, afirma Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores. O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, também defende as reformas como forma de consolidar a recuperação da economia do país. Ele destaca que o Sistema Fiep está contribuindo nesse processo, apoiando o Movimento Brasil Competitivo (MBC).
“Estamos elencando, junto com outras entidades, mais de mil iniciativas, divididas em 12 áreas, que impactam no Custo Brasil, e identificando temas prioritários. Já há grupos de trabalho voltados para questões ligadas à gestão de empregos, investimentos em infraestrutura, pagamento de tributos, inovação e tecnologia, e acesso ao crédito. O objetivo é termos projetos de resultados rápidos que impactem de forma consistente na redução de custos e na melhoria do ambiente de negócios”, finaliza Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep.
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Os movimentos tecnológicos, que acontecem em todo o mundo e como eles podem inspirar novos negócios é a proposta do e-book Sinais e Drivers Tecnológicos, lançado pelo Observatório Sistema Fiep. Confira aqui.
Precisamos pensar que temos que produzir algumas coisas aqui, mesmo que sejam mais caras, para não ficarmos tão vulneráveis